Eu sei que me vês e que permaneces
sedento das minhas expressões. E apesar do meu perfume não se notar do outro lado
do comboio, eu sei que me vês. É talvez incomparável esse teu sorriso de elevar
os deuses ao purgatório. Leio-me, e consigo perceber tudo nestas cavidades que
consegues agitar. És uma tempestade forte, eu sei. O comboio não é grande, mas
a inocência com que me olhas faz-me crer que não tenha fim, afinal é esse fim
que me alimenta toda esta agitação, todo este quebrar de ingenuidade, todo este
“teu” que me arrasta, e me leva sempre ao mais profundo estado de loucura.
Acredito que um dia sairemos juntos, deste comboio. (E tenho sempre essa
sensação quando te vejo.) Afinal, reparas no mais interessante pormenor, e
acabas por nunca cair no vulgar. Quem és tu afinal? Quando não te vejo, sinto
saudades. Quando estou contigo, ejectam electrões a um nível tão infinito que
sou incapaz de me deter, sou incapaz de atalhar. É verdade, e tão subtil que
podia ser, mas não o é. Sou apenas eu, eu incomplexamente apaixonada, que nem
eu percebo quem tu és.
“E que a vida nunca nos separe.”
obrigada :)
ResponderEliminarnem sempre... infelizmente.
ResponderEliminara paixão venda-nos os olhos
ResponderEliminarIntensas palavras, um sentir para além da visão, um querer, um querer de não apenas um mas de dois, de dois que se procuram, que se encontram. Deverão viver o presente? Claro que sim, deverão viver se impedir, sem impedir cada partilha, cada decisão. Nada será erro desde que nos faça felizes, nada será erro desde que nos faça viver. Gostei imenso mesmo :)*
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