Há marcas na vida que estão tão entranhadas no coração que por mais que queiramos trocar-lhes as pilhas, ele toca sempre com a mesma frequencia e a mesma arrogancia na voz. Amar alguém é ter um céu e doar pedacinhos a cada dia para que a felicidade seja unanime.

"Somos aquilo que devíamos ser e aquilo que não devíamos ser. Aquilo que se criou e aquilo que era perigoso se criar."

  Aquilo que se ligou e aquilo que arranjou pilhas para não se desligar. Somos isso, e também somos ouro na prata e algodão no algodão, o mesmo e o nada, o diferente e o tudo. Trocadilhos certeiros, entendes? E isso jamais se irá perder das janelas do meu coração e do motivo da minha paixão. Quero que entendas também que foste o motivo do meu calor, do meu ardor e da minha chama, da capacidade que o meu corpo adquiria de ser tão feliz nos caminhos dos teus braços e nos deslizares de todos os traços do teu corpo. Que entendas que não nascemos um para o outro mas que foi assim que o mundo e o nosso amor quis acreditar e que é assim que este meu querido coração ainda vive, acredita, é feliz e continua a sorrir. Que foi por causa disso e da junção dos pedaços das nossas vidas que o meu coração continua a sorrir e que, quando peço para ficares comigo para sempre, é só porque o teu coração também me diz que é por causa do meu que o teu sorriu e irá sorrir. Gosto de como os caminhos do meu coração foram capazes de amar alguém. E quando é assim o nosso coração só pode ser daquele que o conquistou. E o meu não foge a isso. Em suma e acabando as minhas palavras, espero que entendas que amar-te sempre foi mais forte que eu. E que nada, nem o vento, nem as marés, nem o ódio, nem o amor, nem as tempestades, nem as revoltas irão arrancar isso de mim. Porque é mais forte do que eu, e se é mais forte do que eu é mais forte que o mundo inteiro. Logo não arranca, nunca arrancará.