Nunca me esqueci de te dizer que sempre foste e és a
pessoa mais bela que os olhos do mundo alguma vez encontraram por isso não sou
eu o réu do teu tribunal. Nunca me esqueci de te dizer que a cada minuto, a cada
segundo, a cada milésimo de segundo que passava eu gostava, cada vez mais, por
isso não sou eu o réu do teu tribunal. Nunca, desde que os teus passos começaram
a traçar o meu caminho, me despedi de ti com um sabor amargo na minha língua,
sem o brilhar redondo dos meus olhos, por isso não sou eu hoje réu do teu
tribunal. Se me queres julgar, julga-me por ainda hoje afirmar
que o teu espaço no meu coração foi arrumado para nunca mais voltar. Se me
queres julgar, julga-me por todos os minutos que desafiei o meu coração em
tentar negar-te e sobrepor-te ao desejo que nas minhas veias passeava. Se me
queres julgar julga-me por não ter conseguido enfrentar-te na altura em que te
despediste sem perguntar porquê. Se me queres julgar, julga-me por ter
acreditado que o nunca que suou da tua boca seria verdadeiro e constante. Se
me queres julgar, julga-me por ter sido a burra que nada fez e que apenas chorou
no quarto com saudades tuas. Julga-me, por isso. Mas o réu do teu tribunal, não
sou eu nem o meu coração que ainda hoje sente a ternura do teu sorriso. O réu no teu coração, no teu
tribunal, são as partes fracas que de mim apanhas-te e que eu deixei que
conhecesses sem perdão. O réu no teu coração é a angústia que deixei para trás
em não correr para ti para me responderes a todas as perguntas que ainda hoje me
mastigam e que tu ainda não as desvendaste. O réu no teu coração são os pedaços
da minha voz que não conseguiste apanhar, são o choro refutado na minha cama,
são as cartas de amor perdidas no tempo, e mais que tudo, são a dor do meu
coração por te ter deixado partir sem explicação, sem perdão, sem satisfação.
Apenas porque sim, porque tinha de ser, porque o nunca mais suava melhor.
Meu
devaneio, enquanto o meu coração bater por ti, a única hipótese que tenho é
lutar contra ti ou contra mim. E lutar contra mim era perder-me para ninguém. Tu já singras-te ter partido. Lutar contra ti seria arranhar ainda mais o
meu coração. Seria arrastar-me para as ondas que mandaste embora sem saber. E eu
não quero nada disso. Eu não quero as duas hipóteses que o meu coração grita.
Meu devaneio, tu não és a chave do meu
coração, com pena minha digo que eras se ele estivesse fechado, mas não. O meu
coração está aberto. Sem cadeados, sem chaves. Por isso a liberdade é minha, e eu escolho ficar na ribalta da liberdade que me
pertence. Eu escolho pertencer-me a mim, e não a ti. Meu devaneio, minha
loucura, o meu corpo ainda transpira por ti. E se me queres julgar, julga-me por
não conseguir medir o desejo que tenho por ti e calá-lo nos confins da minha
verdade. Se me queres julgar, julga-me por não saber como parar de te acarinhar com o pensamento,
julga-me por não conseguir ser mais bonita contigo depois de tudo. Mas não me julgues
porque queres, como fizeste com o "Nunca mais" que expelis-te da tua boca,
não. Julga-me por te saber de cor.
Não julgues é a falta de amor, nem os momentos de mentira
que o meu coração ainda mantém. Eu vivo e alimento-me de amor. Não me
julgues. O amor não é uma prisão, nem o meu pertence ao teu tribunal.
Meu
devaneio, o amor não é uma prisão, nem o meu pertencerá alguma vez ao teu
tribunal.
bem, ler isto a estas horas da manhã é de deixar uma pessoa completamente arrepiada e é mesmo assim que estou. a culpa não foi tua em nada, ele é que não soube aproveitar o teu amor, portar-se bem perante a mulher que és e perdeu-se num caminho sem volta. vais ser feliz, tão mas tão feliz, quanto cada centímetro deste mundo mereces. és uma mulher da vida, do mundo, livre, capaz e acima de tudo uma heroína :D
ResponderEliminarbeijo do tamanho do mundo.
Adorei o texto, está mesmo bom (:
ResponderEliminarNão vivas tanto o passado que faz com que o sentimento de culpa apareça. Vê em cada momento uma oportunidade, uma oportunidade de seres feliz, de viveres o verdadeiro, de sentires o teu sonhado amor.
ResponderEliminarAcredito que o teu "momento certo" um dia irá chegar, não desesperes e muito menos nunca o forces, ele chegara, e uma rapariga cheia de amor como tu merece tudo isto.
É bonito ler tudo isto, ler o que escreves porque vem do coração e não são apenas palavras escritas ao vento.
Um Beijinho :)*
Nem sei como agradecer as tuas palavras, como expressar a minha felicidade sempre que leio palavras ditas por alguém que sabe sentir como tu.
ResponderEliminarUm beijinho grande :)
muito obrigada querida. e devo dizer que gosto imenso da tua escrita, continua :')
ResponderEliminarestou a seguir o teu belo blog :)
ResponderEliminarObrigada de coração, muitos beijinhos
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